Olhando para trás nas nossas vidas quantas vezes nos parece que determinada decisão condicionou ou alterou completamente o rumo das coisas, ou que a posição relativa que ocupamos na sociedade é um somatório de pequenas circunstancias onde bastava que uma delas tivesse sido diferente para alterar completamente a nossa historia pessoal e eventualmente fazer de nós pessoas diferentes (para o bem ou para o mal), com uma acumulação diferente de saber, de estar e de agir.
Tenho consciência que, quando nascemos, o universo das possibilidades iniciais não é igual para todos, varia com a herança genética, cultural e material, o local de nascimento, a época e outros factores que tais que não dependem da decisão ou escolha do próprio.
Algumas pessoas dirão que se trata do destino. Esta forma místico/fatalista de ver a vida não serve. A vida, desde o nascimento até à morte, é um percurso entre o momento de todas as promessas e das múltiplas esperanças e a consumação do ultimo acto único, ou seja, cada um, dentro do seu universo de possibilidades, vai restringindo inexoravelmente e paulatinamente o leque das suas opções disponíveis até que lhe reste apenas uma, a morte.
É reconfortante pensar que estou ainda a meio do percurso e que tendo ainda muitas opções para escolher aquilo que quero para o resto da minha vida.
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