ruas da cidade são como veias
vistas das ameias sem padrão
por mais que o olhar se perca
volta sempre ao seu coração.
muitas delas são sobranceiras ao rio
num equilíbrio permanente de desafio
ao efeito da gravidade mascarada
e destes tempos da erosão mitigada.
outras exibem geometria nos jardins
sombras e esplanadas de luxúrias afins
pedaços remanescentes doutra babilónia
fragmentos revisitados da mesma história.
há ainda vielas que são becos da memória
escadarias penosas e travessas de glória
atalhos da vida, confluência e divergência
irrevogáveis cruzamentos de simples anuência.
das que conheço em todas reconheço
os mesmos segredos de outras formas
das que desconheço curioso permaneço
embora sem a inquietude de outrora.
esta aqui tem um sentido, na outra não posso ficar
quantas dessas não duvido, preparadas para amar.
por cada uma percorrida, com outras novas me deparo
percorro-as mais depressa, na ânsia do teu amparo.
ruas da cidade de ti vazias
transformam dias em anos de solidão
porque enquanto te afastas retornas
em cada esquina ao meu coração.
.
vistas das ameias sem padrão
por mais que o olhar se perca
volta sempre ao seu coração.
muitas delas são sobranceiras ao rio
num equilíbrio permanente de desafio
ao efeito da gravidade mascarada
e destes tempos da erosão mitigada.
outras exibem geometria nos jardins
sombras e esplanadas de luxúrias afins
pedaços remanescentes doutra babilónia
fragmentos revisitados da mesma história.
há ainda vielas que são becos da memória
escadarias penosas e travessas de glória
atalhos da vida, confluência e divergência
irrevogáveis cruzamentos de simples anuência.
das que conheço em todas reconheço
os mesmos segredos de outras formas
das que desconheço curioso permaneço
embora sem a inquietude de outrora.
esta aqui tem um sentido, na outra não posso ficar
quantas dessas não duvido, preparadas para amar.
por cada uma percorrida, com outras novas me deparo
percorro-as mais depressa, na ânsia do teu amparo.
ruas da cidade de ti vazias
transformam dias em anos de solidão
porque enquanto te afastas retornas
em cada esquina ao meu coração.
.
8 comentários:
Ruas estreitas , como veias onde corre o sangue que nos alimenta , e se ele falta ... faltará tudo ...
Beijo Doce
Ruas da cidade... onde nos perdemos e vivemos com emoção.
Tá perdendo o sono com secretárias e advogadas né? hehe
Bejão e bom fim de semana.
E eu adoro fazer parte integrante do sangue que corre por essas veias e artérias das cidades.
Existem poucos programas que me animem mais, do que pegar nuns sapatos confortáveis e largar-me nas ruas das cidades que quero conhecer. Andar sem destino, seguindo o fluxo de vida que o copo animado da cidade movimenta, sem pensar, apenas andando incessantemente e caminhando sem olhar por onde. Observar sem ser vista e lançar-me à veia seguinte, ao novo percurso, percurso que está mesmo no dobrar da esquina, no topo das escadas, no final da rua.
Por vezes apanho com cada susto!
Beijo,
P.S.:Estou a gostar desta tua veia poética.
DocePecado,
é isso... a rua é vida, a vida somos nós e as ruas são as minhas mulheres.
um beijo.
Secreta-Mente
onde nos perdemos e nos encontramos
também.
um beijo
Rachel,
aquele teu conto está... no ponto.
um beijo
Iris,
quando dobrares a esquina e esbarrares comigo espero que não te assustes...ehehe.
...mas olha que o teu comentário é quase um poema...
um beijo
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