Not In My Back Yard (Nimby)
Somos todos bons rapazes (e raparigas já agora), educados, mais ou menos bem na vida, tornamo-nos sentimentais relativamente ao ambiente, separamos o lixo de forma a ser reciclado, já não atiramos restos pela janela do carro (pelo menos, atiramos menos), somos sensíveis à destruição da floresta e à extinção massiva de espécies, ao degelo, à subida do nivel do mar e à emissão de gases com efeito de estufa.
Acho que nos preocupamos, uma vez por outra, e encaramos estas ameaças, exactamente como isso, ameaças difusas que terão eventualmente efeito num futuro distante se entretanto, os Homens, esses seres muito inteligentes e tecnologicamente avançados se dispuserem a ultrapassarem as suas barreiras egocêntricas profundas que há décadas os americanos sumariaram na sigla Nimby...acreditam? Eu não.
Ninguém, ou quase (com excepção de uns quantos "malucos" – downshifters) abandona de livre e espontânea vontade o tipo de vida a que se habituou, prescindindo dos bens tangíveis (materiais) e passa a valorizar os intangíveis.
E se aparentemente as coisas não poderão funcionar a nível individual o mesmo se passa com as políticas colectivas de poluidor/pagador que vão emergindo, a alternativa de taxas ambientais com uma dimensão que faça a diferença, esbarra com aquilo a que Paul Krugman (o economista da moda) chamou dos três I´s da politica ambiental (e não só), Ignorância, Interesse e Ideologia.
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