sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Engolir Tudinho

Fiz um comentário noutro blog a propósito do cuspir ou engolir...um bocado incipiente, à pressa, mas a ideia estava lá.
A questão subjacente era porque raio os homens gostam que elas engulam, sabendo que elas na maioria das vezes não gostam, penso que com alguma razão.

A contra pergunta é, como é que uma mulher se sente durante o período? Não sei, não sou mulher, mas imagino que para além das dores menstruais, haverá alguma sensação de perda (?), afinal de contas trata-se de um dos 400 ou 500 óvulos que terá em toda a sua vida que acaba de ser inutilizado, e acredito que isso terá algum efeito inconsciente, pois o sentido profundo da vida é precisamente esse, o de a gerar.

Esse fenómeno, se assim se pode chamar, acontece, também com os homens, em menor escala é certo, uma vez que a nossa unidade de contagem é completamente diferente, mas sinceramente "esgalhar o pessegueiro" não tem definitivamente a mesma intensidade sensorial que uma ejaculação em su sitio.

Não achei assim que o engolir fosse uma questão de um prazer instantâneo, ou uma paranóia dos homens...tem mais a ver com uma sensação difusa imediatamente posterior de uma certa “fecundação” do alcançar de um objectivo, afinal de contas não foi derramado, não se viu, não foi jogado fora, não foi em vão.

E agora vou de férias 15 dias, a ver se pratico um pouco.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Signos (2)

Depois de abordar os signos noutro post, fiquei a pensar mas porque raio é que não acredito nos signos e na astrologia seja ela ligth ou não?

Efectivamente este assunto foi arrumado, algures na adolescência numa prateleira neuronal qualquer. Passaram duas ou três décadas sem ter objectivamente repensado, reorganizado ou actualizado na cabeça os argumentos para essa convicção. Vamos lá ver se consigo elencar alguns:

O Céu de Nascimento: que tipo de força modelar da personalidade é que Marte ou Vénus ou outro astro qualquer pode ter exercido no momento em que nasci? A única força exercida por estes planetas com algum efeito sobre a Terra é a força da gravidade, e relativamente a esta, garanto que a proximidade da Serra da Estrela exerceu uma influência gravitacional incomparavelmente superior à exercida pela massa de todos os planetas do sistema solar juntos.


Porque são Doze Signos: Esta é simples, a maioria das culturas antigas reparando na repetição das estações procurou medir a duração completa do ciclo, chegavam com alguma facilidade a uma duração aproximada de 360 dias, numero cujo fraccionamento mais lógico são 12 meses de 30 dias. Daí a dividir a esfera celeste em 12 partes iguais de 30 graus cada num total de 360º, e atribuir e identificar cada parte com uma constelação que passasse sucessivamente por um ponto fixo próximo do horizonte também me parece um passo lógico, se fossemos marcianos seriam aproximadamente 24 meses de 29 dias ou forçando a nota 12 meses de 58 dias. O numero dos signos seria assim perfeitamente causal de planeta para planeta dependendo da duração dos seus dias e do seu ano.

Nome dos Signos: Quem já olhou para o céu numa noite estrelada de Agosto identifica seguramente a Ursa Maior e a Ursa Menor, mas conseguem ver ou imaginar as Ursas? Eu não. Provavelmente também não conseguem ver nenhuma Virgem, Touro ou Aquário (é mesmo difícil) mas percebo a necessidade de criar referências unindo meia dúzia de objectos estrelares mais visíveis. O nome é apenas um nome. Porque é que o Escorpião tem que ser traiçoeiro (se se chamasse Cadeira, Mesa ou Prato seria comilão?), ou porque é que Touro (que podia ser Rosa, Espinho ou Arvore), etc.

Bem mas isto são factores exteriores...faltam os factores interiores...acho que vou ter que fazer outro post para encerrar o assunto.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O Ovo ou a Galinha

Embrenhado nas leituras de fim-de-semana, aparece sempre com alguma nebulosidade se determinada coisa surgiu primeiro pela prática se pelo seu desenvolvimento teórico.

Isto a propósito de estarem tão intrinsecamente ligadas a ciência e a tecnologia.
Se por um lado é a ciência que parece ser um método que gera a tecnologia, cada vez mais me convenço que é a tecnologia que modela o pensamento por detrás da ciência.

Na mesma linha, são as leis que geram o comportamento ou o comportamento que gera as leis?

Ou ainda, é o amor que gera o sexo ou o sexo que gera o amor?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Mão Invisivel

Adam Smith, farto de olhar para o mercado andar sozinho resolveu pegar nele com a sua mão invisível e bater uma pívea.

Claro que, com a sua provecta idade de mais de 250 anos, ou a sua teoria tem um ataque cardíaco ou arriscamo-nos a continuar a sentir os efeitos descontrolados do seu esgalhanço.

Os seus sucessores neoliberais e mais tarde Kynes também continuaram a olhar para a besta como se de um relação linear se tratasse. Se soubessem um pouco de hidráulica saberiam que a partir de uma certa velocidade todo o escoamento passa a caótico sendo necessário um outro enquadramento conceptual para o definir e prever.

Talvez agora se olhe com mais atenção para o mundo fractal do matemático Benoit Mandelbrot que começou justamente por aplicar a teoria ao mercado de acções antes de ser escorraçado pelos economistas de serviço e se ter virado para aplicações mais lúdicas da mesma.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sexo e Bicicleta

Como não podia deixar de ser, o sexo é um assunto recorrente, ocupando certamente uma percentagem não negligenciável de todo o esforço blogista na net. Teoricamente umas horas a ler sobre o ponto G, por exemplo, deveria ser suficiente para conhecermos a sua localização...na ponta da língua.

...nem sei como consegui sobreviver a tantos anos de sexo sem esta bagagem de conhecimentos. Mas também para que serve saber que a força exercida no pedal faz rodar a cremalheira que puxa a corrente que se transmite á roda de trás que por força do atrito do pneu com a estrada faz mover a bicicleta?
Monta-se em cima dela e já está, o resto vem naturalmente.

Claro que teremos de aprender, sem manuais, com tentativa e erro, a arte de não cair, mas praticando e ganhando confiança poderemos facilmente evoluir e andar sem mãos, fazer cavalinhos, parar em equilíbrio estático, subir e descer rampas, sentar no guiador e andar de costas, eu sei lá, há até quem pinte a manta e faça o pino em cima de uma bicicleta.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Crise - perigo de abismo ou oportunidade de metamorfose

Edgar Morim deu recentemente uma palestra sobre o Abismo e a Metamorfose, o Abismo em que a nossa sociedade pode cair, Ecologicamente, Economicamente, Socialmente, etc o que é muito pertinente e a Metamorfose na sociedade que é necessária que aconteça para evitar essa queda no Abismo.

Lembrei-me claro da formação chinesa da palavra crise (wei jin) onde o primeiro caractere significa Perigo e o segundo Oportunidade e de como as ideais se reciclam continuamente.