sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O capital da democracia

Toda a gente sabe, ou terá já sentido na vida, de alguma forma, que a democracia não é uma sistema politico perfeito tendo já vivido ou percepcionado alguma situação do dia a dia de profunda injustiça, insensibilidade ou de puro egoísmo. É comum aceitar-se a sua imperfeição dizem, por não haver melhores sistemas ou modelos alternativos na actualidade, para o que muito terá contribuído o descrédito de outros apelidados de totalitários de direita ou de esquerda.

No entanto vejamos que, quem detem o poder politico nestas democracias são elites que alternam e pululam normalmente na crista dos partidos. Para se afirmarem como elites basta cultivarem ou melhorarem algum eventual dom para o discurso e argumentação, terem ou passarem uma boa imagem, embrulhados de preferência num fato escuro com gravata e exporem vigorosamente ideias igualitárias, de alto valor humano e decididamente altruístas (e não serem ateus, mas isso é outra história) e mais importante que tudo, terem sido treinados e ensinados numa cultura ocidental pós II Guerra Mundial onde os managers são nitidamente o FMI e o Banco Mundial à sombra dos acordos de Bretonwoods.

Ora acontece que, estas pessoas aparentemente altruístas, estão coarctadas pelo poder económico que por sua vez é altamente egoísta e egocêntrico na sua busca cega do lucro, daí ao discurso hipócrita e mentiroso é apenas um pequeno passo, agindo para servir economias de mercado cuja preocupação pela igualdade e pela justiça social é no mínimo duvidosa.

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