quinta-feira, 5 de novembro de 2009

menus

no restaurante joga-se em geral um cenário imutável, ritmado por um guião canónico. actores (os clientes) sentam-se à mesa, esperam que o actor servidor traga o menu para efectuar o pedido. o menu proposto é composto por entradas, pratos principais, sobremesas e bebidas. terminada a refeição, pedem a conta, pagam e saem do restaurante, deixando ou não uma gorjeta.

este conjunto de acções faz parte dos guiões que modelam as condutas e enquadram o pensamento. pode evidentemente mudar de um país para outro, por isso hesitamos quando estamos no estrangeiro e não sabemos se devemos ou não deixar gorjeta.

a vida social está na origem de vários cenários pré-definidos, para além do restaurante, seguimos um determinado guião para uma consulta médica, para a ida matinal à casa de banho, para barbear, para conduzir o carro... a maioria aprendidos de forma implícita por simples repetição e armazenados na nossa memória.

estes guiões estruturam espontâneamente os nossos conhecimentos, facilitam as nossas acções automatizando-as. o conhecimento da sequência de acções que devo desenvolver numa determinada situação evita que tenha de pensar e inventar o que devo fazer, assim a atenção que dedico a algo que já tenho automatizado é seguramente inferior permitindo que enquanto me barbeio ou faço jogging pense noutra coisa.

os guiões mentais permitem ainda inferir outras informações apelando aos conhecimentos implícitos para completar o que não está explícito numa frase. por exemplo se disser " a minha mão acaricia suavemente as suas coxas" deduzir-se-á imediatamente um conjunto de outras informações que não estão escritas mas que fazem parte desse cenário.

ps: pensavam que ia deixar o sexo de fora?

Foto: agradeço o desafio aceite por Pecado Original.

13 comentários:

A Silenciosa disse...

Ou não fosses quem és......( ora toma)

Ainda bem que assim é, nem consigo imaginar as horas perdidas no trânsito sem "viagens" para outras paragens.

Mas como tão bem sabemos não existe medo mais profundo do que o provocado pela nossa imaginação, nem desejo mais intenso que o da nossa fantasia.

Quanto ás diferenças comportamentais socialmente aceites, creio que se deve a diferenças culturais, tão dificeis de aceitar por nós ocidentais.

E prontos, como costume alarguei-me...sorry

Beijo

Anónimo disse...

Um conjunto de actos a repetir. Etiqueta?! Ou quase... vulgaridade???



=))
Beijo.

... disse...

Enquanto ela olha para mim... a minha mão acariciasuavemente a suas coxas... (estou a falar da minha cadelinha que foi operada à perna... pensaste o quê?)

Vulgar disse...

A Silenciosa,
tomei... um murro nalguma desses viagens?
sempre acertiva... gosto que te alargues.
um beijo

Vulgar disse...

Atitude,
a repetição engendra os automatismos que acabam por se tornar vulgares, será assim?
por isso a arte é o que é raro, não aquilo que se fabrica em série.
Um beijo

Vulgar disse...

Felina,
Será que pensei aquilo que pensaste que eu pensei?
Um beijo
ps. as melhoras à cadelinha.

A Silenciosa disse...

Murro ????meu caro amigo, as minhas "viagens" são normalmente pacificas, algumas vezes "marotas", mas nunca fantasiaria dar-te um murro.....
lamento mas já estás na categoria dos elementos amistosos e murros não se dão a amigos.

beijo

Sensualidades disse...

parte integrante das nossas vidas

Jokas
Paula

Anónimo disse...

Rsrsrs ...
E que bom que não deixou o sexo de fora ...
Só não vale automatizar o sexo ... rsrsr

Bjsssssss no coração
Linda semana p/ ti.

Hellena

Vulgar disse...

A Silenciosa,
comovido pela categoria.
um beijo maroto

Vulgar disse...

Paula,
tão integrante que não damos por eles..

um beijo

Vulgar disse...

Hellena,

tenho sempre o cuidado de fechar o fecho...eheh (vulgar).

essa parte da automatização... é um risco...

um beijo

pecado original disse...

Ficou muito bem :)